tag:blogger.com,1999:blog-30155743054601602832024-03-12T23:13:00.592-03:00Reflexos de ReflexõesDominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.comBlogger172125tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-3630114765230748812014-03-24T01:30:00.005-03:002014-03-24T01:30:56.822-03:00NABO<br />
Não adianta insistir no polo oposto<br />
No certo ou errado<br />
Medir força, nunca adiantou.<br />
A poesia é a única arma possível.<br />
<br />
Não adianta o grito,<br />
o revolver, a pedra na mão.<br />
Não adianta.<br />
A poesia é a única arma possível.<br />
<br />
É preciso entrar nas entranhas.<br />
Distorcer os órgãos<br />
Discutir os discursos<br />
Torcer a arma apontada<br />
dedo apontado.<br />
Mostras as mãos, o peito.<br />
<br />
É preciso mudar de ponto de vista<br />
É preciso ter vista.<br />
Armar outra batalha sobre o mesmo tabuleiro.<br />
Reencenar sob uma nova ótica.<br />
<br />
A poesia é a única arma possível.<br />
<br />
<br />
Eu quero fazer poesia ao invés de Guerra.<br />
Eu quero abraço ao invés de pedra.<br />
Eu quero cor ao invés de concreto.<br />
<br />
É preciso ser poético.<br />
É preciso ser possível.<br />
<br />
<br />
<br />Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-44450406486251925992013-08-22T01:14:00.001-03:002013-08-22T01:14:26.401-03:00" Pense nas Crianças mudas telepáticas"<br />
<div style="text-align: justify;">
Que que eu vou falar sobre as crianças que morreram? Eu estou aqui com pena de mim. Eu me sinto tão incompetente. Não sei a quem dizer. Não tem alvo essa dor. Eu morro com ela, com a minha incompetência de mudar algo, de sair dessas paredes. A gente aceita que no outro lado do mundo o mundo morra. Como faz? Para viver? Todo dia tenho que me lembrar que é preciso estar vivo. Ai eu me pergunto o que eu estou fazendo para o mundo. Ai eu olho ao redor e vejo o egos disputando entre si quem sabe mais sobre o mundo. E no fundo, só se quer refletor para o aplauso final. Eu preciso saber agir. Quando? Como?</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso tudo ainda vai fazer sentido. Eu ainda vou encontrar um lugar para agir e modificar algo. A incompetência mata. Por dentro. A incapacidade de salvar alguém nos deixa abatido.Sistema filho da puta. Cruel. Quem é o culpado? Quem???? Me diz! Por essa truculência diaria? E por que ninguém nos diz nada???? Por que essa mídia disfarçada? Eu quero nascer de novo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho que acredita que nós somos capazes de mudar alguma coisa, Sim!</div>
<div style="text-align: justify;">
Caso contrario não tem porque estar vivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
É só o que resta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Me falta ar. Me restam palavras. E eu só queria engolir o choro e agir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-38942031609105393002013-04-09T02:31:00.001-03:002013-04-09T02:31:55.559-03:00Não pode morrer.É tanto medo e decepção que começam a morar dentro de nós.<br />
As vezes, mover-se é o mais díficil.<br />
Dói<br />
O estacionamento<br />
o fracasso.<br />
a transformação<br />
Dói<br />
A impossibilidade de virar o que se abomina para conseguir o que se quer.<br />
Não quero.<br />
Queria olhar o mundo, ainda com os olhos de quem sonha e acredita que faz a diferença.<br />
Quando essas coisas saem de nós?<br />
<br />
<br />
Eu vou dizer Adeus.<br />
Um dia, eu vou.<br />
E queria olhar e saber que não fui engolida pela crueldade e secura da vida.<br />
Pela exigencia de ser bom demais.<br />
ou pela repetição das quedas.<br />
<br />
Gente é fragil<br />
Precisa parar com essa coisa de sinceridade a todo momento.<br />
Isso nos faz exposto<br />
e nos machuca.<br />
<br />
O mundo não tem lugar para sinceridade.<br />
<br />
Embora a única coisa que me mantenha nele<br />
é meu olhar sincero para tudo que me rodeia.<br />
<br />
Talvez essa seja a maior dor.<br />
Talvez seja nesse momento que as coisas te fazem menor e incompetente diante de tanta coisa grande demais.<br />
<br />
Eu abomino a ideia de virar superficie para conseguir, ainda, estar aqui.<br />
<br />
como se faz?Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-17883441287882495312012-12-27T05:19:00.000-02:002012-12-27T05:19:11.111-02:00(Des)sintoniaEu cansei de ser essa sintonia harmônica.<br />
Cansei das pessoas acharem que eu não me importo.<br />
Eu me importo sim.<br />
Eu sou gente!<br />
Gente sente, chore, esperneia.<br />
Todo dia nasce dor e riso em mim.<br />
E não sou só eu quem os planta, é o mundo.<br />
Eu sou só filtragem.<br />
Eu sinto medo, frio, saudades.<br />
Muitas.<br />
Sempre.<br />
Eu cansei de ficar sorrindo, enquanto você acha que eu não vou me importar.<br />
Para de achar que eu não vou me chatear ou me magoar.<br />
Ou eu preciso gritar para ter um pouco de respeito?<br />
Eu preciso bancar a sua grosseria e seu tom irônico para você considerar um pouco do tudo que fazemos um pelo outro?<br />
Me usa que eu te uso. Mas não me use só. A gente é troca, à todo tempo.<br />
Não posso com o seu olhar narciso sobre o mundo, fingir que ainda te quero aqui, ou me quero ai.<br />
ão.<br />
Até breve.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-16624025019304738962012-12-27T00:21:00.001-02:002012-12-27T00:33:20.220-02:00Sobre a efemeridade <br />
Como as coisas que brotam com imensidão repentina podem esvaziar-se de sentido em tão pouco tempo?Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-46959929742734210502012-11-28T21:07:00.000-02:002012-11-28T21:07:12.525-02:00ApaixonamentoOlhos<br />
Sorriso<br />
e mãos.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-85156193649061197122012-11-03T02:59:00.000-02:002012-11-03T02:59:04.285-02:00Procura-seCavar os buracos aos poucos para não esquecer de estar vivo.<br />
Ele achou que bastava navegar entre as ruas reais e os paralelepípedos sobrepostos.<br />
Às vezes é preciso cair em buracos. Diz perplexo. Porém, sem lagrimas nos olhos.<br />
A rua se fez deserta, onde será que as pessoas cavaram suas existências?<br />
Ele queria compartilhar.<br />
Mas já eram 3 da manhã.<br />
ele se perguntou. Quem era eu?<br />
Fui alguém. Agora estou parado desejando saber meu próximo passo.<br />
Senta-se à calçada. Os ratos passam fazendo seus ruídos. Nada demais. Mandaram-me esperar.<br />
Já vai amanhecer e quando as pernas passarem por mim, me ignorando tal rato. eu me procuro novamente entre os desejos das arquiteturas. <br />
<br />Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-12793579670176306612012-09-30T11:41:00.001-03:002012-09-30T11:42:25.758-03:00SóEle vai sozinho. Mesmo quando o desejo é se tornar conjunto.<br />
Ele vai.<br />
Assim, partilhando-se pelo mundo.<br />
Tentando captar desejos alheios em seu corpo.<br />
vice-versa. E.<br />
Ele queria ouvi-los.<br />
Queria vê-los com os olhos curiosos.<br />
Não.<br />
Há uma desistência de todos os olhos.<br />
Ele fica quieto remoendo a espera.<br />
Agora novamente espera.<br />
desejo frustado.<br />
Agora partirá só.<br />
E que se junte a ele quem desejar.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/05143816628019919478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-21719113926059219292012-07-31T21:56:00.000-03:002012-07-31T21:56:07.831-03:00VagoSobre amor.<br />
<br />
Será que as pessoas partem só para ter o prazer de se cravar na pele de alguém?<br />
<br />
Sobre amortenidade.<br />
<br />
Quando ele se desfez. Eu quis gritar no escuro. Ecoar no vazio. Eu queria esquecer o momento em que a porta se fechou. mas esse esforço faz de mim esse fracasso constante na tentativa de ser alguém sem alguém.<br />
Você não pode partir assim e me deixar sem ventre. desventrada. com um buraco oco. um corpo vacuo, onde não consigo pontuar minha dor.<br />
Por isso vago. eu sigo vagando. andando.<br />Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-42686823587323545402012-03-28T00:40:00.001-03:002012-03-28T02:07:55.419-03:00Parirpara estar vivo.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-24051547015737464742012-03-28T00:35:00.000-03:002012-03-28T00:35:12.046-03:00Da necessidade de ser sincero.É preciso ser pulsão. potente. permanente. porém sem fincar-se em um só ponto. É preciso redescobrir as palavras e achismos a cada segundo. mas saber ser. com verdade. ser inteiro. com convicção daquilo que não sou. mas poderei ser outro que não aquilo que eu mesmo sei ser. que bom. estamos nos dando tempo de refazer toda essa bagunça criada desde os inícios de nós mesmos. é assim que se constrói casa. país. democracia de nós mesmos. só para saber compartilhar as coisas belas e sinceras. E belo não é aquilo que me mostraram ser harmônico. A beleza está nas confusões de todos os traços, nas existências sinceras, movedoras e comoventes. Aquilo que te transborda e te faz desiquilíbrio. Isso é beleza. <div>
Difícil não falar do que no peito se faz pulsação. deixar agir em nós. Não. Não nos conformemos com o que nos disseram. eles podem ter inventado toda uma ficção. A verdade é que a verdade é relativa. e outras tantas coisas também ... Mas ...... deixemos que nossas mãos se encontrem no tempo que elas determinarem .</div>
<div>
<br /></div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-2096945870711665392012-01-09T04:36:00.000-02:002012-01-09T04:36:56.009-02:00SoloLá tem sol<br />
tem mar<br />
tem amantes que sorriem pela manhã<br />
pela tarde e noite<br />
<br />
Lá onde tudo acontece<br />
e as bocas ficam sorrindo pastas de dentes<br />
Apesar de dizer sobre morte<br />
<br />
Tudo que eu sei<br />
é que eu estou no caminho<br />
caminhando<br />
andando com os pés tortos<br />
dor no joelho<br />
e problema de coluna<br />
<br />
Eu durmo<br />
durmo meus sonos<br />
sempre passo mal depois<br />
de qualquer bebida<br />
<br />
Lá pode-se tirar a tensão dos ombros<br />
Lá pode dizer que sempre<br />
não acaba<br />
que é sempre<br />
<br />
E tudo estará sorrindo<br />
eles dão as mãos<br />
e andam brincando<br />
atrás das letras<br />
<br />
A gente pode<br />
tudo que a gente pode é construir tijolos<br />
para construir casas<br />
e construir pessoas<br />
<br />
Agora,<br />
eu vou continuar tentando te dizer<br />
que não adianta procurar ali nossos corpos.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-53478124741944892482012-01-09T04:30:00.000-02:002012-01-09T04:30:51.037-02:00PlaylistEu vou colocar uma música aleatória e dizer palavras<div>e ao final gostaria de te receber nos meus lábios</div><div>Apertei o botão que diz sobre que escolher sozinho,</div><div>o meu computador define por mim meu gosto</div><div>é uma música inglês</div><div>eu não sei direito o que diz</div><div>é algo sobre o que está acontecendo agora</div><div>não é sobre minha escrita para você</div><div>mas ele pergunta, </div><div>o cantor</div><div>pergunta " o que está acontecendo?"</div><div>agora ele disse</div><div>love</div><div>life</div><div>gosto de como o som se move nesse piano</div><div>here</div><div>ele disse </div><div>aqui</div><div>eu preciso dizer que fique</div><div>fique aqui</div><div>comigo</div><div>está ventando</div><div>ele parece morrer</div><div>não parta sem ele</div><div>por favor</div><div>fique</div><div>a gente precisa de você</div><div>isso dói</div><div>não se preocupe</div><div>tem uns barulhos e copos e chuva lá fora </div><div>e coisas</div><div>outras</div><div>que me fazem lembrar </div><div>um quarto branco frio</div><div>essa parte me lembra um último capítulo de uma serie que eu gostava</div><div>as coisas estão se partindo ao redor</div><div>percebe?</div><div>às coisas estão ruindo</div><div>vamos ficar aqui?</div><div>Me diga</div><div>eu não vou à lugar nenhum sem companhia</div><div>Ela disse aleluia</div><div>por favor</div><div>poesia não se faz sozinha</div><div>eu vou continuar tentando responder aquela nossa pergunta</div><div>a gente só se movimenta por isso</div><div>são esses transtornos estranhos que nossos corpos fazem</div><div>vem.</div><div><br />
</div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-61760887699395262402012-01-09T03:58:00.000-02:002012-01-09T03:58:54.126-02:00Antes de dormirCalma,<br />
eu vou pintar as paredes<br />
vou encher de tinta<br />
fazer as letras escorregarem<br />
vai tudo ficar bem<br />
a gente vai desenhar colorido<br />
é assim que se alegra o dia não é?<br />
Com quantos anos a gente desaprende a amar?<br />
Ham?<br />
Ela vai respirar<br />
pegar um cigarro falso<br />
um papel enrolado<br />
só para ter o prazer de puxar o ar devagar<br />
Ela vai dizer que seu peito está acelerado de mais para continuar com esse olhar<br />
a gente precisa dar as mãos<br />
Eu não entendo essa agonia no meu peito<br />
eu preciso decidir os caminhos<br />
Tem tanta coisa querendo ser gente aqui dentro<br />
Hoje tem café<br />
a gente vomitou na madrugada anterior, lembra?<br />
O café nos deixará acordado<br />
Hoje eu te apresentei minha casa<br />
Ela gostou,<br />
de você,<br />
a casa.<br />
Diz sobre ela.<br />
A gente quer te ouvir.<br />
Eu não posso te ver<br />
Eu não quero<br />
se não vou grudar em você<br />
por isso vendo meus olhos pelas manhãs<br />
para esquecer.<br />
Tem girassol na janela<br />
por dia acordar<br />
pega a chave<br />
meus filhos não podem saber que você está aqui<br />
não<br />
não<br />
não há pai<br />
são meus<br />
compartilho<br />
espalho fotos por aí<br />
todos sabem.<br />
Sim<br />
as paredes serão pintadas<br />
as crianças preferem azul<br />
pensam que é céu quando tem azul.<br />
vou beija-las antes de dormir.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-8904176680138750852011-11-18T06:43:00.000-02:002011-11-18T06:43:20.799-02:00AnsiedadeSe nós tivéssemos respeitado o tempo<br />
e sido mais que um olhar passageiro sobre o outro<br />
não precisaria, hoje dizer, sobre o que não fomos.<br />
Diria sobre os sorrisos no café da manhã.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-63239587052469435482011-11-06T23:01:00.000-02:002011-11-06T23:01:45.767-02:00Vou vestir meiasDê-me os dias e as horas<br />
inteiras<br />
Para que essa repartição de mim mesmo<br />
torne-se outra coisa que não<br />
pedaços incompreensíveis de um corpo falido.<br />
<br />
Digo aquilo que ficou sobre a pele dizendo o transtorno que a sua não presença me torna.<br />
<br />
Respiro,<br />
os passos comprimidos estalam meu ouvido<br />
Onde estão as suas mãos?<br />
Queria tê-las sobre meu seios<br />
<br />
Digo sobre aquilo que nomearam amar.<br />
<br />
Pisco-me<br />
Abraço-me<br />
Crio ondulações no arrastar dos móveis<br />
<br />
Eu diria que a saudade cava buracos<br />
eu diria que dar as mãos é uma questão de gosto<br />
Eu diria, ainda, que quando você me soltou<br />
pensei em como para de trepidar ao caminhar<br />
pela calçada<br />
Tive que calçar novos saltos<br />
que usar a roupa pelo avesso<br />
Digo que queria um filho assim, com o mesmo tom da sua voz.<br />
<br />
Pediria um abraço,<br />
que mê cobrisse os pés<br />
até que meus calos parassem de tremer de frio.<br />
<br />
Vou vestir meias.<br />
<br />
<br />
Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-62986948241601231102011-08-26T00:56:00.002-03:002011-08-26T00:56:49.132-03:00O corpo precisa falar<br />
a gente se mexe<br />
de um lado para o outro<br />
estraga o estomago<br />
mas esquece do grito entalado<br />
de desejo<br />
ali mesmo<br />
onde ficaram os abraços repartidos<br />
<br />
Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-27204625716849178522011-08-18T21:43:00.000-03:002011-08-18T21:43:44.861-03:00Por hoje, minha sinceridade.<br />
<br />
Eu queria dizer sobre nos dois. Na verdade, queria parar de dizer, para que saiamos dessa teoria estupida que inventamos para evitarmos a nos mesmo, para que paremos de ensaiar o recomeço, e que sejamos concretude de novo. Não é difícil, basta que sejamos com todo nossa sinceridade. Basta viver sob o olhar da nossa sinceridade. Porque se os corpos já nos dizem conjunto, para que adiar nosso compartilhamento? Eu quero sim, poder te dizer, 356 vezes sobre quando os seus braços abraçam meu corpo. Eu quero inaugurar-nos diariamente, para que sejamos sempre novidade em nos mesmo. Com você assim, queria construir lençol, travesseiro e coberta. Eu aceito nossas desculpas esfarrapadas e nosso medo de amar. Até daqui à dois minutos, para que quando eu terminar minha fala nossos lábios se encontrem, e transforme nossa covardia em potência. É esse o sentido da felicidade, não? Ser o que se é. Eu necessito de nós. E isso não é racional, é sobre verdade. Quero olhar seu sorriso, só isso, e poder compartilhar o meu. Eu estou te pedindo nossa eternidade, mesmo que não seja para sempre. Mas sejamos eternos agora. Por favor, me beije.<br />
<br />
Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-86466945167945980232011-08-12T22:10:00.000-03:002011-08-12T22:10:58.491-03:00CotidianoEu tenho chorado todo dia. Todo dia. Só para dizer sobre amar. Sobre a saudade que me cava buracos no estômago. Sobre a ausência lembrada nos porta-retratos. Choro sobre a estáticidade dos móveis, cravados no tempo, querendo dizer, tentando explicar, a impossibilidade de mudar de lugar. Eu tenho doído. Tenho estado mais feliz também. Mas tenho me rasgado mais. Eu agora choro, porque dizer saudades em palavras, dizer sobre o desejo do abraço ausente é quase que arrancar um pedaço. Eu choro não para que as lágrimas carreguem os pedaços e me façam esquecer. Não. Choro a necessidade de sempre querer estar. Não querer voltar ao tempo, mas querer desejar de novo, mais uma vez, desejar o abraço perdido por baixo da terra. Que cruel essa coisa de viver. De continuar aqui, de ter que mover enquanto a garganta se contorce para calar. Porém, andar, um pé após o outro. Pegar meu chaveiro e abrir a porta.<div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-74170703354027402022011-07-20T01:39:00.000-03:002011-07-20T01:39:45.450-03:00oiÉ sobre seu braço direito<br />
fiquei esperando deitada<br />
esperando meu encaixe em você<br />
<br />
É sobre o abraço apertado<br />
a gente esqueceu em algum outro lugar<br />
aqui, ele não brotou.<br />
<br />
Sobre<br />
<br />
Sob o meu colo<br />
Sobre esquecer na manhã seguinte<br />
Sobre não prever os esquecimentos<br />
<br />
É para não esquecer de ser efêmero que a gente se faz existência.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-68277424540449502712011-07-10T23:45:00.001-03:002011-07-10T23:53:31.385-03:00circulação<div style="text-align: justify;">É para não esquecermos que não somos duros feito concreto. Para podermos atravessar a pele. Pela pele. Pura pela. Pelo corpo. Corpo é lugar do acaso. É feito do outro. Não da minha pela. Meu corpo está sendo pelo corpo daquela moça ali, que atravessa a rua e tropeça, e mais daquele rapaz, que é alto narigudo, e que passa correndo por mim, como quem me virasse com o vento que faz sua passada. É só pele, e pelo. Então não nos diga para entender quando minha mãos se esticam tentando pegar as suas. É só pela pele, ou pelo. É essa respiração que fica entre nossas respirações. Átomos? Sim tem uma coração. Que já saiu do peito varias vezes. Ele circula, tal qual os outros órgãos. Eu te amo no peito esquerdo. Às vezes meu amor está nas mãos. Às vezes, no púbis. Quando quero muito dizer, sobe ele, o coração, então, ele percorre todo o corpo, e movimenta todos os outros corpos, digo órgãos, que já estão assim embaralhados, e vem até a boca, o meu amor vem à boca, quase saltando querendo ser morte. E eu te amo ali, na boca. Enfim, é só sobre essa troca da pele, dos pelos, dos átomos, dos órgãos. É para não esquecermos que somos corpos atravessados. O corpo é lugar do acaso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-19505486053696523042011-07-10T19:06:00.001-03:002011-07-10T23:49:21.393-03:00Persistência<div style="text-align: justify;">Você pode roubar meu coração e fatia-lo em pedaços.</div><div style="text-align: justify;">Não me preocupo. É para isso que se ama né?</div><div style="text-align: justify;">Para ser risco.</div><div style="text-align: justify;">Eu estou esperando agir em desmedida. Só isso.</div><div style="text-align: justify;">Para que a gente possa ser café da manhã mais vezes.</div><div style="text-align: justify;">Para ser experiência, e não vazios constantes.</div><div style="text-align: justify;">Assim a gente pode ser depois, diferente do antes. Entende?</div><div style="text-align: justify;">É simples. Só para poder dizer sobre viver. ou amar. Sobre estar sendo algo por inteiro.</div><div style="text-align: justify;">Eu não vou abandonar as folhas antes de escrever nossas silhuetas nelas.</div><div style="text-align: justify;">Minha falta de ar diz algo sobre você. Como sua ausência me confunde as pernas.</div><div style="text-align: justify;">Eu gosto desse jeito. Do seu. Gosto da sua respiração no meu ouvido. Como quem diz permanece aqui mais alguns dias. Eu permaneço. mesmo que você não tenha dito ou pensando isso. Eu permaneço sobre você atá quando nossos sorrisos cansarem.</div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-39395932710760110592011-06-09T04:46:00.001-03:002011-06-09T05:02:59.179-03:00Quatro e quarenta e cinco.<div><br />
</div><div>Não há peso. Tira esse desgosto de quem está predestinado a não ser amor. Não há peso. Não nos culpe pelo peso de outrora, a hora é outra. Eu queria dizer, que assim, te olhando dormir, com a camisa listrada, e com os pés tensos devido ao frio, que apesar dos pesares, do calos ruindo, eu queria estar aí. Não olhando mas compartilhando o sono, o corpo, o ronco. Queria dizer para você não acordar, não agora, para que eu consiga terminar-nos em palavras. Para que quando te olhe, já não haja lágrimas, nem dor no estômago, nem choro desamparado, nem ducha de agua fria. E que desistir assim de amar é cruel, é feio, é covardia. Te acho covarde. Não me importa seu mau-humor matinal, nem a preguiça enrolado do lençol fino. Gosto da sua estranha inteireza;</div><div>Queria pesar mais vezes sobre você. Pesar leve. não sei se te ensinaram essa palavra. Leveza. Ela existe e é possível de ser amor. O lado esquerdo do meu rosto está berrando de dor, o diagnóstico mensal é rinite. Eu acredito que sejam lágrimas petrificadas. Sabe aquilo que a gente não diz? Então, vira dor, depois lágrima e, então, elas petrificam, congelam. Não é rinite, nem sinusite. É palavra não-dita.</div><div>Já levantei, nos vomitei quatro vezes repetidas naquela privada branca. Minha cabeça está explodindo, e você irá dormir até às 11 da manhã. Diremos até mais. e eu seguirei chorando, partida, de novo. Que bom. Pelo menos cheguei ao ponto de ser partida. Imagine ficar inteira? Não, não sirvo para isso. Mas é leve. Vai. Decora essa palavra, procura no dicionário, aprende por osmose. Qualquer coisa que te faça ser feliz. Eu sei que você falou tudo para que em mim seja menor a dor. Ou não, você foi inteiramente inteiro e sincero. Que bom. Espero.</div><div>Não consigo dormir. Já disse né? Você poderia ter dito às 21h. Estaria em casa. Com meus corticoides e respirando, apesar de latejando. Agora que são quatro e quarenta e um da manhã desta quinta-feira, acho que estou mais preparada para te dizer tchau, até logo, até mais. Mentira. Já estou com saudades, porque nem consigo mais abraçar seu corpo. Deito-me ao seu lado e meu toque no seu, me dói por saber que não seremos mais daqui a pouco.</div><div>Eu queria insistir. Não desistir. Mas sou um. Te disse. Minha decisão não nos sustenta. Isso é mais que obvio, somos dois. Você disse, eu queria tentar ser feliz com você. Tenta! Então. Vai! Acorda agora, e diz que se confundiu. Não há peso nas palavras, nem nos abraços, nem nos beijos. Quando meu corpo pesa sobre o seu, é só para o gozo, e compartilhamento da pele, da temperatura, da respiração. Não há peso nenhum.</div><div>Você deveria aprender a pesar leve sobre mim. </div>Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-5159055214665581272011-05-20T02:00:00.000-03:002011-05-20T02:00:05.768-03:00Como quem dizE eu quero seus braços aqui,<br />
sobre meu corpo<br />
querendo seu corpo em mim<br />
E eu digo como quem diz "amor"<br />
se cose inteiro em mim<br />
<br />
E eu minto o dias distantes<br />
eu minto a falta da falta<br />
E quero seu cheiro em mim<br />
beijar seu sorriso<br />
criar suas falas com<br />
o peito coberto<br />
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Me cobre inteira<br />
me impõe o seu peso<br />
faz minha boca sorrir nos frios dias de inverno.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3015574305460160283.post-34136406425836529532011-04-30T20:41:00.000-03:002011-04-30T20:41:42.725-03:00Sei láChorando a melhor carne assada<br />
A melancia na cabeça<br />
O pudim que deixou o neto enjoado<br />
As músicas das tardes de calor<br />
As danças pela manhã<br />
Sentindo falta dos segredos surgidos no almoço<br />
Das histórias repetidas à meia-noite<br />
Das danças estranhas das tardes<br />
Acabou a alergia pelo cigarro matinal ou pelo incenso<br />
Acabaram as frases feitas<br />
Acabou o copo lavado errado<br />
A poesia rimada<br />
Estou hoje querendo de novo o revirar das fotos<br />
Desejando o almoço repetido<br />
Gritando por uma reclamação<br />
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O abraço mais divertido, cumprido, e dançado<br />
A sintonia, feito música, dos corpos dos olhos<br />
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Acabou a "saudade é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa"<br />
Porque hoje serei trouxa e chorarei todas as saudades.<br />
Tudo fica.Dominique Aranteshttp://www.blogger.com/profile/08825553703972374177noreply@blogger.com1