quinta-feira, 22 de agosto de 2013

" Pense nas Crianças mudas telepáticas"


Que que eu vou falar sobre as crianças que morreram? Eu estou aqui com pena de mim. Eu me sinto tão incompetente. Não sei a quem dizer. Não tem alvo essa dor. Eu morro com ela, com a minha incompetência de mudar algo, de sair dessas paredes. A gente aceita que no outro lado do mundo o mundo morra. Como faz? Para viver? Todo dia tenho que me lembrar que é preciso estar vivo. Ai eu me pergunto o que eu estou fazendo para o mundo. Ai eu olho ao redor e vejo o egos disputando entre si quem sabe mais sobre o mundo. E no fundo, só se quer refletor para o aplauso final. Eu preciso saber agir. Quando? Como?
Isso tudo ainda vai fazer sentido. Eu ainda vou encontrar um lugar para agir e modificar algo. A incompetência mata. Por dentro. A incapacidade de salvar alguém nos deixa abatido.Sistema filho da puta. Cruel. Quem é o culpado? Quem???? Me diz! Por essa truculência diaria? E por que ninguém nos diz nada???? Por que essa mídia disfarçada? Eu quero nascer de novo.

Tenho que acredita que nós somos capazes de mudar alguma coisa, Sim!
Caso contrario não tem porque estar vivo.
É só o que resta.
Me falta ar. Me restam palavras. E eu só queria engolir o choro e agir.



terça-feira, 9 de abril de 2013

Não pode morrer.

É tanto medo e decepção que começam a morar dentro de nós.
As vezes, mover-se é o mais díficil.
Dói
O estacionamento
o fracasso.
a transformação
Dói
A impossibilidade de virar o que se abomina para conseguir o que se quer.
Não quero.
Queria olhar o mundo, ainda com os olhos de quem sonha e acredita que faz a diferença.
Quando essas coisas saem de nós?


Eu vou dizer Adeus.
Um dia, eu vou.
E queria olhar e saber que não fui engolida pela crueldade e secura da vida.
Pela exigencia de ser bom demais.
ou pela repetição das quedas.

Gente é fragil
Precisa parar com essa coisa de sinceridade a todo momento.
Isso nos faz exposto
e nos machuca.

O mundo não tem lugar para sinceridade.

Embora a única coisa que me mantenha nele
é meu olhar sincero para tudo que me rodeia.

Talvez essa seja a maior dor.
Talvez seja nesse momento que as coisas te fazem menor e incompetente diante de tanta coisa grande demais.

Eu abomino a ideia de virar superficie para conseguir, ainda, estar aqui.

como se faz?