"Frascos de vidro são relacionamentos mal terminados. Daqueles que não sabem o porque . Porque mal resolvidos na incerteza, ficam presos no olhar, ferindo sem saber os sinais .
Boca , desejo,prazer, braços, corpos, unha , carne, acaso, acidentalmente por acaso, no erro , no braço de outrem , da dor de mim mesma dentro de ti , porque não se sabe mais quem de nós se foi de verdade, na loucura do ato , do pensamento, do grito calado, engasgado na garganta , preso junto ao pulmão poluído, marcado com a mancha de café no tapete da sala, no silêncio do pensamento, e sorriso e afins . Ponto . Não mais o ponto que era fim. Afim de confundir o desejo da boca e só. Desprezo , loucura e tortura. A janela abre e fecha. Silêncio. Passos perseguindo passos. Errantes , não arriscando a dor. Covardia. Procuro som das palavras , descobrindo em todo meu corpo outros pensamentos. O que meus seios pensam? Não sei saber o que de nós ainda resta . Não resta , ainda vive , distante , porém vida . Difícil ser o que se é. O tempo? Mil coisa num tempo curto. Quase nada no duradouro e cansativo tempo . Mil nadas, que curto período .Quase coisas , qualquer tempo.De concreto, possibilidades. Só Tic e TAC, porém, não concreto . Ainda resta o resto do avesso de nós dois. É.. até atravessar a rua ficou esquisito. “
Dominique Arantes