Só o mar
Falava no silencio do vento
Sem medo
A areia ficava
Ainda grudada nos corpos
Cigarros no chão
Dois copos ao lado
Sem nada ,
Sem medo de ser
Contudo ,
Sem se perder
Só sendo.
Perdendo o medo,
E assim sem nomear
Sem ser isso ou aquilo
Mas estando assim ou daquele jeito
Alguns te colocam no céu
Outros te dizem mil ofensas
No meio de tudo :
Você.
E você ?
O que é?
O que quer ?
Não, não precisa saber.
No Sentir de cada momento
Permitindo às sensações
Eles se encontram em si.
É o mar que já silencia
É o vento que sussurra estados
E eles decidiram viver , de verdade.
Dessa vez, em verdades.
Dominique Arantes