segunda-feira, 21 de abril de 2008

verde e idades

Só o mar

Falava no silencio do vento

Sem medo


A areia ficava

Ainda grudada nos corpos

Cigarros no chão

Dois copos ao lado


Sem nada ,

Sem medo de ser

Contudo ,

Sem se perder


Só sendo.

Perdendo o medo,

E assim sem nomear

Sem ser isso ou aquilo

Mas estando assim ou daquele jeito


Alguns te colocam no céu

Outros te dizem mil ofensas

No meio de tudo :

Você.


E você ?

O que é?

O que quer ?

Não, não precisa saber.


No Sentir de cada momento

Permitindo às sensações

Eles se encontram em si.


É o mar que já silencia

É o vento que sussurra estados

E eles decidiram viver , de verdade.


Dessa vez, em verdades.



Dominique Arantes