quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tylenol

Eu não vou!
Não é posspivel ser assim. Estar assim. Estou com a cabeça cheia, não há espaço mais para isso que construimos. Sei que é complicada a partida. Sei que também irei partir em silêncio. Venho partindo assim, e me repartindo também. Parece menos doloroso, pelo menos para um dos lados. A cabeça dói, a minha. A sua não sei. Como vai você? De verdade. Como é estar só nisso tudo? A mim, resta o latejar e, como eu parei de tomar remédios, terei que aguentar até que os olhos cansem-se. Desculpa. Hoje, mais uma vez, eu queria pedir desculpas. Eu não devia, mas vou. Irei ligar-te daqui a pouco e dizer que te amo. E dizer desculpas pelo grito à muito abafado. É que às vezes o yoga não funciona. Eu gritei porque esse excesso de generosidade sufoca. Que cruel isso. Eu sou cruel, eu sei. Mais estou sufocada. Na verdade estou, agora, somente com dor de cabeça. Talvez por isso quisesse um pouco de ar, um espaço vazio para eu me relacionar, sem ter que pegar na sua mão. Eu não disse. Mas tenho saudade. Tenho sempre. Todo dia. Sinto falta. Não gosto do que fiz. Fazer uma pessoa assim tão linda chorar. Desculpe-me. Prometo abraços e beijos e flores amanhã. Por hoje, somente um Tylenol.

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