terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mas venha.
Eu não vou me comprometer com o nosso esquecimento.
Ficarei comendo as palavras para preencher o vazio. Comendo a memória. Chama-se alimentação, repita comigo: A-LI-MEN-TA-ÇÃO. Poderia ser alienação. Sim, perdi a sensibilidade para novas contruções. Mas contrui casa, cozinha e lavado. Tudo com brilho e sem cheiro de mofo. Como nossa cama. Sempre teve um cheiro, ela, a cama, insuportável de corpos mofados.
 Me disseram que era preciso amar o mofo. Aprendi. Dói. Confesso. Mas tudo é superado.
Aqui, não posso dizer amor. A cama não me pertime.

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